A CARIDADE (CARITAS) AGOSTINIANA ENTRE O SER E O TEMPO: UMA INTERPRETAÇÃO DE HANNAH ARENDT
Resumo
O amor, em Agostinho, se divide em duas formas: a caridade (caritas) e cobiça (cupiditas), e o autor faz referência a ele em todos os seus escritos, pois, para o pensador de Hipona, não se existe sem o amor. Ora, se a existência depende da capacidade humana de amar, então, de onde provem esta faculdade? De Deus, o Criador, que amou toda a criação e, com isso, concedeu a ela parte de sua substância. Neste trabalho será utilizada a interpretação que a filósofa alemã Hannah Arendt, realiza do amor agostiniano para fins de entender, de modo teológico-filosófico, o que é amar caridosamente a partir de uma visão ontológica.