AFRICANIDADE E NEGRITUDE: DIMENSÕES DE PENTECOSTALIDADE NA TEOLOGIA AFRICANA

Resumo

O Africano já nasce sob o signo da negação diante do modelo de vida ocidental. Esta negação se estende até a sua cultura, raça, religiosidade e modo de pensar a sua realidade. Os modelos teológicos ocidentais vigentes na religiosidade cristã africana na sua maioria deixaram de dar respostas às problemáticas sociais, religiosos e culturais próprias do cotidiano africano. Urge a necessidade de articular reflexões da fé cristã que se dinamizem e assumam a realidade do africano como partida para elaboração de sua teologia. Com isso questiona-se: qual (ais) o(s) caminho(s) da reatualização da fé cristã para a realidade africana? Buscam-se assim na Teologia Africana e na Teologia Negra reflexões que articulem as problemáticas da realidade africana. Resgata-se o conceito de pentecostalidade, como a dimensão da fé que se reatualiza na ação pneumatológica, apresentada por Bernardo Campos para se entender a Teologia Africana e Teologia Negra como movimentos que assumem a contextualidade da fé africana, possibilitando identidades e matrizes teológicas autóctones. Entendem-se ambas, como dimensões de pentecostalidade ao afirmarem a relevância de viver a fé cristã na perspectiva africana e assumirem os dilemas do africano, afirmando a africanidade e negritude vivenciadas através da liberdade do Espírito. Esta é a proposta de discussão do presente texto.  

Palavras chaves: Pentecostalidade; teologia africana; teologia negra; contexto; liberdade.