IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS NO CEARÁ: SOMBRAS NA TERRA DA LUZ

  • Marina Aparecida Oliveira dos Santos Cor & Mário Sergio Santana PUC/SP.

Resumo

Na terra da luz como o Ceará é conhecido, existem algumas sombras a serem aclaradas nos processos sucessórios ministeriais. O presente artigo pretende refletir sobre a questão da sucessão familiar na década de 1960 no Ceará, na Igreja da Assembleia de Deus no Brasil (AD). A primeira geração de pastores assembleianos não conseguiu formar sucessores consanguíneos em seus ministérios sendo que a sucessão ministerial não envolvia vínculos familiares. Porém, conforme apontado em pesquisas empíricas, podemos afirmar que na década de 1960, no Ceará ocorreu a primeira tentativa de sucessão familiar – levantamento feito na pesquisa de pós-doutoramento, não significa, porém, que tem sido a única, mas até o momento não foram encontradas outras nessa época. Em meio a um turbilhão de transformações ocorridas nesse período, os cearenses testemunham uma frustrada tentativa de sucessão familiar, com elementos que ilustram bem as tensões nas (ADs) da sucessão familiar. Aonde há fumaça há fogo. Na verdade, o caso é bastante significativo, pois, entrou na história das Assembleias de Deus no Brasil (ADs), pela violência entre os coadjuvantes, com direito a narrativas policiais no jornal secular da época O povo. Para esse estudo, como mito fundante de futuras sucessões familiares. Primeiro por ter sido um processo conturbado e segundo, serviu de exemplo – pelo bem ou para o mal, no futuro. As sucessões familiares se tornaram mais expressiva, a partir da década de 1980 e de lá para cá, virou regra. Atualmente são dezenas de ministérios que trabalham com a linha de sucessão familiar: genros, sobrinhos, netos, filhos etc.

Publicado
2016-03-30