GIANNI VATTIMO E DIETRICH BONHOEFFER E A DISSOLUÇÃO DA METAFÍSICA

  • Joel Cezar Bonin PPGF/PUCPR
  • Joel Haroldo Baade UNIARP (Caçador-SC)

Resumo

Gianni Vattimo, filósofo e hermeneuta italiano, é representante do denominado pensiero debole, ou “pensamento enfraquecidoâ€, segundo o qual vive-se em uma época na qual é preciso secularizar a experiência religiosa, não mais firmada em uma esperança metafísica, mas, acima de tudo, fundada na experiência mundana da kenosis. De modo semelhante, Bonhoeffer pensa na ideia de um cristianismo mais “fincado†na realidade, mais presente na vida das pessoas e, assim como Vattimo, mais distanciado do encastelamento discursivo de uma fé oca ou sem sentido. Bonhoeffer não crê em um Deus “tapa-buracos†que precisa preencher o vazio existencial daqueles que estão sedentos por respostas arrebatadoras, mas desconexas do mundo. Ambos os autores, mesmos vivendo momentos históricos diferentes, apontam o caminho para uma ideia muito clara: só se pode ser efetivamente cristão na medida em que se dissolve a metafísica transcendental em uma prática constante e contínua pela vivência religiosa da imanência do evento. Assim, cada ato, cada gesto, cada ação se tornam um evento que confirmam a possibilidade de se viver o mundo cristão em um engajamento plural.

Biografia do Autor

Joel Cezar Bonin, PPGF/PUCPR

Professor de Filosofia da UNIARP – Caçador-SC. Doutorando pelo PPGF/PUCPR. Bolsista UNIEDU-SC.

Joel Haroldo Baade, UNIARP (Caçador-SC)

Doutor em Teologia pela Escola Superior de Teologia. Especialista em Administração Escolar, Supervisão e Orientação pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci. Docente e pesquisador nos mestrados em Desenvolvimento e Sociedade e Profissional em Educação da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (UNIARP) em Caçador-SC. E-mail: baadejoel@gmail.com.

Publicado
2017-10-10